Preciso escrever um artigo para o início do mês que vem. Sinto a angústia da página em branco. Acho que essa angústia vem da necessidade do cumprimento de prazos, do querer ver um material pronto, do achar se o que se escreve é ou não relevante antes mesmo de escrever. É preciso respirar fundo, meditar um pouco e começar.
Aproveito e jogo as ideias aqui, no blog, meu espaço de criação e reflexão. Pensei em iniciar com o texto e video que estão aqui:
https://www.corredordememorias.art/blog/um-v%C3%ADdeo-e-uma-poética-de-muitas-perguntas
No vídeo, eu entro na luz estourada. Esse ponto do vídeo me fez pensar uma série de coisas: o limite do corredor, que a sala não deveria ser mostrada, o encontro com o desconhecido, o início da pesquisa, a luz que cega... O fato é que abri as cortinas e a luz estourou. Só isso e tudo isso.
Em outro vídeo, eu saio da frente da câmera e, ao mexer nas cortinas, movimento as luzes do corredor:
https://www.corredordememorias.art/blog/o-quê-o-corredor-vê
Me recordei de Loïer Fulier e suas Danças Luminosas, que investigava, também as propriedades do movimento da luz. Eu manipulei a luz e criei, acidentalmente, um jogo de espelhos com o vidro no fim do corredor.
Me interessa falar sobre o acaso, erro o que é aleatório na pesquisa. Me interessa pensar nessas surpresas que encontro nos vídeos rascunho. Sou a primeira que recebo as imagens e dessa maneira, transforma minha forma de ver o meu fazer. Também sou espectadora do meu processo?
Para me acompanharem nessa escrita, chamo os seguintes textos para a conversa:
Por aqui que me jogo na escrita do artigo. Hora de começar. Um artigo só se faz ao escrever.